ESPAÇO LIVRE

Confira o texto que a Fátima indica para leitura nessa semana!

Trabalho e sacrifício

No final da década passada, o banco Itaú Personnalité veiculou uma campanha que falava sobre a nossa relação com o trabalho. O texto dizia mais ou menos assim: “o trabalho é apenas o que paga as suas contas ou o que faz tudo valer a pena? O que é trabalho para você?”. Obviamente, essa resposta é muito pessoal. Cada um tem uma relação com o trabalho. Mas, afinal, trabalho é sacrifício?

Sim, é! A questão é como cada um dá significado à palavra “sacrifício”. Se o entendimento é de que é uma cruz a ser carregada, você está certo. Se considerar que é o que dá sentido à sua vida e daqueles que se beneficiam do resultado do que você faz, também está. Explico.

Muitos consideram a palavra como algo que atenta contra a própria pessoa, como uma obrigação, como dar algo de si (sem retorno), como fazer aquilo que não se quer, dentre outros. Sacrifício, na verdade, vem da junção de duas outras palavras: “sacri”, que vem de sacro, sagrado, e “fício”, que vem de ofício, tarefa, trabalho. Junto a isso, segundo Vicente Falconi, empresa é “uma organização de seres humanos que trabalham para facilitar a vida de outros seres humanos”. Então, quem trabalha serve às necessidades do próximo (mesmo que receba por isso). Assim, ao exercer uma atividade, o trabalhador deixa algo de si, realmente, seja braçal, intelectual, em forma de conhecimento, mas, o que é mais importante, é que essa doação é para aquelas pessoas que necessitam do resultado daquilo que ele produz. Por ser atividade, é trabalho, ofício, e, por deixar parte de si, é sagrado.

Precisamos compreender o sistema em que estamos inseridos. Temos muitas necessidades e poucas competências (comparadas às nossas necessidades). Assim, se não fizermos aquilo que nos propomos a fazer sempre na busca pela excelência e, se os outros, que fazem aquilo que não conseguimos, não sabemos, ou não podemos fazer, também não o fizer da melhora maneira possível, estaremos condenados à mediocridade (e, infelizmente, por muitas vezes, estamos).

Como também diz Vicente Falconi, só trabalhamos porque alguém precisa do resultado do nosso trabalho. E então: você consegue ver a importância do que faz para os seus clientes? Você, efetivamente está presente em seu trabalho? Busca a melhor qualidade para aqueles que são alvos da sua atividade? Deixa a sua marca positivamente? Enfim, o seu trabalho é um fardo, ou é algo sagrado para você? Pense nisso, se quiser, é claro!

Por Claudinet Coltri Junior – palestrante, consultor organizacional e educacional.

Fonte: www.gazetadigital.com.br/colunas-e-opiniao/colunas-e-artigos/trabalho-e-sacrificio/508814

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