Uma trajetória de quatro décadas e muita história para contar

Ela completa 42 anos de CERTAJA em 2023. Maria de Fátima Silva Hassen (62) é o que se pode chamar de patrimônio histórico da Cooperativa. Acompanhou, de perto, as transformações e o crescimento da instituição. Transformou-se e cresceu, também. Da vaga de auxiliar de escritório, ocupada aos 21 anos, até chegar ao setor de Gestão de Pessoas, foi uma longa caminhada.

Inicialmente, Fátima trabalhou na Contabilidade. Dava baixa nas contas de energia manualmente. “Não tinha fax, não tinha computador. A gente estava sempre correndo atrás da máquina para conseguir colocar tudo em dia”, relembra, sem muita saudade.

É que, no fundo, ela queria outra coisa. “Um dia vai ter um setor de gente aqui na CERTAJA, e eu vou trabalhar nesse setor de gente”, dizia, adivinhando o futuro. Créditos e débitos, definitivamente, não eram coisas para ela.

Mais tarde, passou pelo Financeiro. Mais números. Com o tempo, foi se habituando e encontrando o jeito para lidar com as situações difíceis, como o desligamento de energia de cooperados que não pagavam a fatura. Histórias divertidas deste período não faltam.

“Essas histórias me habilitaram para trabalhar, depois, no setor de gente, porque tu aprendes a lidar com todos os tipos de pessoas – e com problemas e conflitos. Isso me habilitou a conhecer melhor as pessoas, a percebê-las melhor. Às vezes, um trabalho está te preparando para algo.”

Equipe do setor Financeiro

A CIPA – como conhecida nos moldes de hoje – conta com uma forcinha de Fátima, que, no passado, ajudou a organizar a primeira votação da comissão e a primeira Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (Sipat).

Depois disso, surgiu a oportunidade pela qual ela tanto esperava. “Quando se começou a falar em qualidade total na Cooperativa, precisou-se de um setor que estivesse preocupado com o desenvolvimento das pessoas”, conta. Finalmente, ela foi convidada para trabalhar no “setor de gente” e, de lá, não saiu mais.

Prêmio Qualidade RS 2001
Parte da primeira equipe do setor de Gestão de Pessoas

Com o tempo, Fátima foi se aperfeiçoando. Trouxe treinamentos, recrutamento e seleção, organizou os processos. Ela considera que as experiências adquiridas em outros setores capacitaram-na para enxergar a Cooperativa como um todo. “Essa visão sistêmica também é muito importante para quem é da área de RH”, destaca.

Em breve, uma despedida

A profissional, que já é aposentada, está quase encerrando seu ciclo na CERTAJA Energia. Ela deixa a Cooperativa no final do ano, mas ainda não faz planos para o pós-desligamento. “Deixo a vida me levar. O universo tem muita coisa para me oferecer. É me abrir para o novo”, comenta.

Fátima olha para sua trajetória com carinho. “Foram muitas experiências positivas; outras nem tanto, mas entendo que faz parte da nossa evolução espiritual. Viver é isso: enfrentar as adversidades para se fortalecer.”

E ela dá a fórmula necessária para um bom relacionamento: “Reconhecer as coisas boas que a empresa faz, fortalecer o feedback positivo para as pessoas, saber ouvir sem julgamentos. Ouvir com os dois ouvidos e não com a boca. Gestão de Pessoas não é só ter processos alinhados, é ter conversas alinhadas”.

FIQUE LIGADO: Quem é a Fátima fora da CERTAJA?

FÁTIMA: Sou uma pessoa holística. Gosto de entender das pessoas, gosto de filosofia, de psicologia. Gosto de observar as pessoas, seus comportamentos. Gosto de passear com a minha filha, Lise, e com meu neto, Pedro, o Pepê. Eles são uma das razões da minha existência. Eu aprendo muito com eles, que trazem luz aos meus conflitos internos. Também adoro moda, e minha nova paixão é o beach tênis.

Lise, Pedro e Fátima
Beach tênis é a nova paixão de Fátima

Adoro ir à academia, adoro música eletrônica. MPB também tem seu espaço garantido. Amo a praia e o mar. Gosto de comer coisas boas, amo a la minuta, amo fazer cursos e assistir a lives. Saio pouco, mas quando vou a POA, gosto de ir aos parques, cinemas, ao teatro e ao shopping.

FIQUE LIGADO: Que mensagem você deixa para as pessoas?

FÁTIMA: A mensagem que eu deixo para as pessoas é: administrem a vida em todos os seus pilares – família, saúde, trabalho – porque chega um momento em que a vida nos cobra e não se pode voltar atrás, e a gente precisa ressignificar tudo isso.

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