Dica de saúde

Confira a matéria sobre o Dezembro Laranja, veiculada na mais recente edição do Jornal Certajano:

O mês de dezembro é marcado por importantes datas comemorativas. Entre elas, uma que busca jogar luz sobre um dos mais alarmantes problemas de saúde do Brasil: o câncer de pele. O Dezembro Laranja foi criado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) em 2004 e tem o objetivo de chamar a atenção para o alto risco ao qual todos os brasileiros estão sujeitos.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pele responde por 33% de todos os diagnósticos da doença no país. Segundo o dermatologista Fabiano Siviero Pacheco, apenas em 2022 já foram mais de 200 mil casos registrados.

Contudo, ainda que a notificação de casos seja compulsória, ela é restrita à rede pública. Ou seja, a rede privada conta com um grande volume de casos que não entraram nas estatísticas do Ministério da Saúde. “Entre os tumores da pele, o maior número são de carcinomas, tumores relacionados à exposição regular do sol e mais frequentes em peles mais claras”, explica.

Para prevenir, é preciso sempre estar atento aos sinais. De acordo com Pacheco, a suspeita de um câncer de pele surge quando um sinal, como uma pinta, apresenta uma mudança de característica ou quando feridas que não cicatrizam rápido apresentam sangramento, coceira ou dor.

“Nestas situações, o profissional decide entre a coleta de um fragmento, em
lesões maiores, ou mesmo a remoção de toda lesão, quando menores”, esclarece.

Descoberta a tempo e cura

Colaboradora da CERTAJA Energia, Cristiane Lautert Soares, do setor Comercial e Marketing, descobriu o problema de forma inesperada. Em dezembro de 2021, notou uma pequena mancha branca na perna e marcou uma consulta com uma dermatologista. A mancha não era algo com que precisava se preocupar, mas Cristiane foi pega de surpresa após a especialista avaliar as pintas do seu corpo e identificar que uma delas, na parte superior do tórax, tinha todas as características de um melanoma.

O melanoma é o tipo menos frequente dentre todos os cânceres da pele (representa cerca de 3%), tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade, por apresentar um alto potencial para provocar metástase (disseminação do câncer para outros órgãos).

“Agendamos, com urgência, a retirada do sinal, no Hospital Bruno Born, em Lajeado, para o dia seguinte. O material foi enviado para a biópsia e, até a hora de saber o resultado, foram longos dias de espera e angústia”, lembra. “Eu não fazia ideia se minha saúde já estava comprometida. Foi terrível.”

O exame apontou o diagnóstico de melanoma in situ. A lesão estava na parte superficial da pele. Cristiane precisou fazer a ampliação das margens, com mais retirada de tecido – em extensão e profundidade. Para isso, foi encaminhada para uma cirurgiã plástica, que a operou no Hospital Ouro Branco, em Teutônia.

Cicatriz após a retirada do melanoma

“A segunda biópsia deu ausência de neoplasia residual. Eu estava livre. Às vezes, paro e penso no modo como descobri e chego a me arrepiar. Se eu não tivesse marcado a consulta, eu ainda estaria com o problema, sem saber de nada”, conta Cristiane.

Cuidados que você precisa ter para se prevenir:

• Evitar a exposição excessiva da pele ao sol;
• Usar protetor solar nas áreas expostas ao sol, diariamente e durante todos os meses do ano;

• Optar por protetores que tenham FPS 30+ e que proporcionam proteção contra os raios UVA e UVB;
• Proteger-se com roupas, inclusive chapéus, bonés e óculos solares;

• Procurar sombra sempre que possível, principalmente entre 10h e 16h, horários de sol mais intenso;
• Aumentar a atenção nos locais com água e areia – reflexão da radiação solar;
• Evitar as queimaduras solares;
• Não fazer bronzeamento artificial (proibido no Brasil).

Saiba mais no site da Sociedade Brasileira de Dermatologia

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