Há 16 anos, Roberto Carlos Marques Marins visita as comunidades de Taquari para fazer a conferência de energia das residências, e o relacionamento gerou histórias inesquecíveis

Uma das missões da CERTAJA Energia é valorizar o relacionamento e melhorar a qualidade de vida do cooperado. Para alcançar esse objetivo, parte importante disso passa pelo papel desempenhado pelos colaboradores e terceirizados, que também são impactados com esse movimento de valorização. É o caso de Roberto Carlos Marques Marins, que há 16 anos presta serviço à Cooperativa como leiturista, pela terceirizada Nattel Serviços de Medições.

Natural de São Jerônimo, Marins trabalha há 32 anos no ramo. Ou seja, aos 50 anos, sua vida profissional foi toda sobre uma moto. O que, segundo o próprio, foi uma escolha consciente, por amar a natureza, a experiência de liberdade e a possibilidade de interagir com as pessoas. “Não é como tu trabalhar num escritório, que tu entra, trabalha, pega teu carro e vai pra casa. Aqui, a vida acontece. A gente trabalha só na área rural. Então, é muito satisfatório”, avalia.

Responsável por fazer a conferência do consumo de energia nas residências do interior de Taquari e, bimestralmente, entregar a edição do Certajano aos cooperados, Marins conta que sua jornada de trabalho começa cedo, entre 7h e 8h. Contudo, após receber o calendário de atividades no início do mês, o que interessa para a Cooperativa é que o roteiro fique pronto no fim do dia. “O calendário tem que ser obedecido, mas você pode adiantar seu cronograma. E isso me deixa confortável com o que faço”, conta.

Trabalho e afeto

João Miranda de Souza mora há 83 anos, e Manoel Roni Duarte, o Xiru, reside há 28 anos na comunidade

Nessa jornada, Marins se tornou uma referência dentro da comunidade, o que é fruto de um processo de cuidado para atender o cooperado da melhor forma possível. Isso inclui interagir com todos e ser tolerante até com situações delicadas, como a necessidade de notificar a Cooperativa em casos de não atendimento. “A relação faz com que fique mais fácil lidar com qualquer resistência. Eles já conhecem a moto pelo ronco”, explica.

Prova disso é que Marins desenvolveu uma relação afetiva com a comunidade. Há três meses, por exemplo, ele saiu de um roteiro, e outro colega o assumiu. A vizinhança sentiu sua falta e enviou presentes para o leiturista. “Mandaram uma dúzia de ovos, galinha e coelho. Presentes, por eu ter visitado esse pessoal por todos esses anos”, recorda.

Sua relação com os cooperados tornou-o uma espécie de testemunha das transformações vividas pela comunidade. Quer seja pelos fatos positivos, como o desenvolvimento da infraestrutura, quer seja pelos negativos, como as pessoas idosas, que partem depois de anos de relacionamento.

“A gente vê que tudo muda. Vemos o pessoal querendo melhorar. Tem uma cerca nova, o fulano pintou a casa. O filho que estava com 5 anos e, hoje, comprou um terreno. Eles vivem isso sem perceber, e a gente, que vê de fora, percebe essas mudanças”, detalha Marins.

Amor à ferramenta de trabalho

O amor à natureza e à experiência da liberdade durante a jornada de trabalho, segundo Marins, está diretamente relacionado com sua moto. Segundo ele, para quem vê de fora, pode ser apenas um pedaço de ferro. Para Marins, é uma parte de sua alma.

“É em cima dela que eu trabalho, ganho meu dinheiro, faço amizades. Não me vejo separado dela, não. No dia que eu não conseguir andar mais de moto, vou deixar ela na minha sala, como um troféu.”

Confira o vídeo: